Fantástico testemunho deram três das Cáritas Paroquiais do Patriarcado de Lisboa! Famalicão da Nazaré, Alcobaça e Falagueira partilharam a mais-valia que tem sido serem Cáritas Paroquiais.
Antes de mais, porque esta identidade ajuda toda a comunidade a compreender que a acção caritativa é parte integrante de ser Igreja, um dos três pilares da vida da fé e que todos são chamados a participar de alguma maneira nesta preciosa tarefa, todos são co-responsáveis pelo bom sucesso das várias actividades, nem que mais não seja, fazendo uma retaguarda de oração.
Depois, porque debaixo deste ‘chapéu’ cada grupo de voluntários se organiza segundo as suas especificidades, mas todos compreendem que trabalham para o mesmo fim: servir Cristo nos mais pobres e vulneráveis. Assim, contaram, torna-se mais fácil tecer laços de entreajuda e apoio mútuo, trabalhar em rede.
Ser Cáritas Paroquial é motivo de orgulho, já não se trabalha em compartimentos estanques como se Escuteiros não tivessem a ver com a Conferência Vicentina, a Catequese com o acompanhamento domiciliário, os cabazes com o acolhimento aos migrantes, os jovens com o Centro de Dia… e todos entre si. Cada grupo sabe que é uma face do grande poliedro que é a caridade e que juntos se chega mais longe, se ligam as pontas soltas. Não é preciso ter muitas valências ou actividades, muitos voluntários ou muito dinheiro para ser Cáritas Paroquial – talvez só seja necessário ter brio no testemunho vivido de gestos de amor, ao jeito de Jesus, que não deixam ninguém para trás.
As Cáritas Paroquiais também partilharam como estão respaldadas pela Cáritas Diocesana, quer com formação adequada e indispensável para os seus voluntários, quer com informação útil sobre uma multiplicidade de programas e apoios, quer com ajudas específicas técnicas ou financeiras.
O entusiasmo com que falaram os representantes destas Cáritas Paroquiais, a alegria que revelaram de tantas pequenas dificuldades ultrapassadas com o contributo uns dos outros, os pequenos grandes milagres que vão unindo a comunidade, deixaram em todos os presentes um sentimento de admiração e em muitos, o desejo de explorar esta forma eficaz, criativa, próxima e conciliadora de ser Igreja.
Quem os ouviu não pôde deixar de se lembrar da expressão dos Actos dos Apóstolos sobre a Igreja nascente: «Vede como eles se amam». Disso também fizeram eco D. José Traquina, D. Américo Aguiar e o Núncio Apostólico D. Ivo Scalpolo, reconhecendo como o Espírito Santo age nestas Cáritas Paroquiais.
Uns e outros saíram encorajados: é este o caminho!
Texto: Maria Bandeira de Mello Mathias Cortez de Lobão (Vice-Presidente da Direção CDL); fotografia: Cáritas Portuguesa e CDL