CÁRITAS NO MUNDO
A Cáritas é sempre das primeiras organizações a responder a situações de crise.
No Afeganistão, e na resposta à atual crise, não só se faz presente, enquanto Catholic Relief Services (fundada pelos bispos americanos em 1943, no território desde 1998, e membro da Caritas Internationalis), como opera pela generosa ação da Cáritas de países vizinhos, como o Paquistão.
São já 1,4 milhão os refugiados afegãos a viver no Paquistão, distribuídos por dezenas de campos, mas os meios de comunicação social reportam que milhares de outros terão entrado no território paquistanês, pessoas que a Cáritas tem na sua mira e a quem vai prestar assistência humanitária, tendo já mobilizado as suas unidades para a fronteira com o Afeganistão. O diretor executivo da Caritas Paquistão, Amjad Gulzar, sabe que este tipo de situação se prolonga no tempo e que são sempre urgentes estratégias capazes de suprir as necessidades mais imediatas. São precisos alimentos, água, tendas, a par com a prestação de primeiros socorros, a oferta de cuidados de saúde a médio-longo prazo, a quem os traumas sofridos tornaram doente mental, e de espaços de formação.
Com cerca de 2,6 milhões de refugiados, o Afeganistão emerge já como o terceiro país do mundo com maior número de refugiados, depois da Síria e da Venezuela, mas no contexto da atual crise, este número pode vir facilmente a aumentar.
Um pouco por todo o lado, Conferências Episcopais, organizações da Igreja têm não só aberto os seus braços a quem tem deixado o Afeganistão por razões de segurança, como têm apelado ao seu acolhimento.
Vivem em Portugal 96 afegãos. Outros são agora esperados. Mas são milhares os que, no Afeganistão, correm perigo debaixo do novo regime talibã. Relatos, histórias de vida que pode ver aqui.
Texto: CDL; fotografia: Vatican News