Enquanto Cristãos sempre ouvimos dizer a máxima “não saiba a mão direita o que a esquerda fez”, ou qualquer formulação parecida, no sentido do dever de ajudar o próximo sem procurarmos com isso qualquer tipo de reconhecimento ou recompensa.
Contudo numa sociedade onde os recursos são cada vez mais escassos e onde a Igreja é muitas vezes falada apenas por más razões, dar a conhecer o que de bom se vai fazendo é imperativo.
É imperativo por uma questão de transparência para com todos os que confiam na ação da Cáritas (Nacional, Diocesana e Paroquial), saberem quantas pessoas são apoiadas e acompanhadas e que impacto tem na sua vida a ajuda que lhes é prestada.
É imperativo para que outros se mobilizem (doadores, mecenas, voluntários), percebendo que a construção de uma sociedade mais justa e fraterna é uma missão e obrigação de todos, a começar pelas comunidades paroquiais, mas indo muito além delas.
É imperativo porque a Caridade é constitutiva da nossa identidade cristã e como nos diz São Paulo “se não tiver amor nada sou” (1 Cor 13).
Por todas estas razões é fundamental celebrar a Semana Nacional Cáritas, como um momento privilegiado para se dar a conhecer o que se faz a nível caritativo naquela comunidade Paroquial, identificar outras necessidades, outras periferias que ainda estejam a descoberto e onde será necessário chegar, mobilizar vontades e recursos para colmatar essas necessidades e celebrar a doação de vida e de dons que vão existindo em tantos lugares, na maior parte das vezes de forma anónima e pouco visível, mas que tanto bem fazem e que são marca do amor de Deus por cada um de nós.
Não deixemos de assinalar esta data em cada uma das nossas comunidades paroquiais.
Ana Catarina Calado – Coordenadora-Geral CDL