Onde estar e o que fazer nos próximos anos? – Cáritas Paroquiais do Patriarcado abordam a identidade, a rede e a missão da Cáritas em Portugal
As Cáritas Paroquiais do Patriarcado, cerca de 33, foram convidadas a encontrar-se na manhã do dia 27 de maio, na Casa do Oeste, em Ribamar da Lourinhã, para, em conjunto, refletirem e partilharem ideias sobre o que poderia ser o Plano Estratégico da Cáritas em Portugal, entre 2024 e 2030. A primeira parte do encontro foi animado pela Cáritas Portuguesa e o trabalho de grupo pela Cáritas Diocesana de Lisboa (CDL).
Nem todas estiveram representadas por falta de disponibilidade, mas as que participaram conseguiram, através de duas simples dinâmicas, percecionar e interpretar os sinais do tempo, e expressar o que achavam fazer sentido na atual conjuntura. Estar onde ainda não se está e oferecer, como serviço, o que ainda não se dispõe como recurso.
O grupo desejou que nos próximos 3 anos cada paróquia do Patriarcado conseguisse munir-se de uma Cáritas Paroquial bem estruturada, sólida e sustentável, que fossem capazes de apoiar melhor os imigrantes, de responder com maior regularidade e eficiência a pessoas com doença mental e que conseguissem um maior envolvimento dos jovens com a sua missão.
Por outro lado, os participantes desejaram também fazer parte de uma rede que efetivamente se encontra e coopera mais entre si, e que, neste sentido, a própria CDL fosse capaz de colocar as Cáritas Paroquias ou as instituições que compõem a rede Cáritas, a conversarem mais umas com as outras.
As pessoas também se aperceberam da importância da comunicação e solicitaram à CDL que esta as ajudasse a comunicar melhor, com o propósito, dando-se a conhecer, de integrarem outras redes ou parcerias locais, cooperando com os serviços públicos, empresas e outras instituições, dando assim espaço a uma divulgação transparente do que fazem, conseguindo, desta feita, o reconhecimento e valorização do seu trabalho.
O encontro terminou com o almoço, mas era muito evidente em todos, o desejo de conversarem ainda mais sobre o que lhes ia na alma. “As pessoas querem muito conversar, têm essa necessidade” – ouviu-se da boca de um participante.
No fundo, ainda que muito rica e intensa, a manhã parece ter ficado aquém do que a maioria tinha para partilhar, seja de experiência já vivida, seja do que têm diante de si, como caminho a fazer-se ou a construir-se. Mas este não será o único encontro de 2023. Não só se farão outros presencialmente, como estes serão muito mais frequentes no futuro.
Texto e fotografia: CDL