Um apontamento sobre o II Congresso da Pastoral Social do Patriarcado de Lisboa
O II Congresso da Pastoral Social do Patriarcado de Lisboa teve lugar em Óbidos, no passado dia 19 de maio.
Entre os temas abordados, destaca-se o papel dos jovens na Pastoral Social, a economia de Francisco aplicada às Instituições Sociais, o papel das instituições sociais na economia portuguesa, o trabalho digno e o salário justo.
Dos diversos painéis algumas das ideias a reter são:
– Os jovens querem encontrar na Igreja uma família, uma casa, mas é preciso ir ao encontro deles, nos seus lugares de encontro.
– É preciso querer os jovens e não apenas a mão de obra jovem. É preciso envolve-los, construir juntos, torna-los protagonistas, líderes.
– A economia de Francisco é um processo alinhado com a DSI e que apresenta uma nova visão da economia que faz viver, que humaniza, que cuida da criação e que inclui.
– A Igreja continua a ser o grande apoio das pessoas mais vulneráveis em Portugal – enquanto o Estado e as empresas procuram dar resposta às dores “da moda”, a Igreja dá resposta a todos os problemas, sobretudo aqueles a que mais nenhuma estrutura chega.
– a importância de demonstrarmos o alinhamento da nossa ação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU, para chegarmos à comunidade empresarial que está mais sensibilizada para o cumprimento destes objetivos.
Nas palavras finais o Senhor Patriarca deixou alguns desafios que deveremos reter:
– A importância de podermos contar, quer com os jovens, quer com os que são jovens há mais tempo: a JMJ será uma oportunidade para a geração jovem e não se deverão perder os dinamismos que foram criados para a sua preparação; em relação aos jovens há mais tempo é preciso não desperdiçar talento e aproveitar o seu potencial, ouvir e integrar os conhecimentos adquiridos.
– A importância de continuarmos em modo sinodal, a caminharmos em conjunto, pois o tamanho dos problemas atuais só se resolve quando se trabalha em conjunto e não cada um de forma isolada, procurando sempre não deixar ninguém para trás.
– A importância de realizarmos PASTORAL – que remete para Cristo o bom Pastor, que se preocupa com as suas ovelhas, e nesse sentido termos o cuidado, a atenção para com o outro mais do que nos preocuparmos em fazer muitas coisas.
– O âmbito da nossa ação, o Patriarcado de Lisboa, que vai além dos limites geográficos e que congrega numa mesma realidade territórios tão diversos entre si, com inúmeras características que os tornam únicos e que trazem desafios muito específicos.
– A ação socio-caritativa significa que somos companheiros (sócios) uns dos outros e a palavra caritativa remete-nos para um Amor que é maior que qualquer um de nós, para o Amor de Deus.
Texto: Ana Catarina Calado, Coordenadora-Geral CDL; fotografia: Google Pics