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A Caritas existe para o serviço dos mais desfavorecidos, assegurando que os donativos caridosos que recebe chegam em tempo aos que mais necessitam de apoio.

A pandemia do Covid-19, ao ser declarada, obrigou o Governo a impor o confinamento generalizado da população. Tal facto provocou uma imediata e brutal travagem da atividade económica, que atirou para a pobreza muita gente que outrora tinha uma vida equilibrada, tendo ao mesmo tempo agravado muito as carências dos que já se encontravam em situação de pobreza, em particular, a população sem-abrigo.

Neste contexto, a Caritas Diocesana de Lisboa (CDL) decidiu de imediato, como primeira prioridade, promover o apoio às instituições dedicadas ao combate à fome, desde logo, o Banco Alimentar, com a sua iniciativa de “Emergência Alimentar”, mas também a outras entidades que estão no terreno, particularmente, as paróquias.

Com este propósito, foram atribuídos fundos, que à data já excedem os 350 mil euros, não só para o fornecimento direto de géneros alimentares ou de meios para os adquirir, como para o melhoramento da capacidade das paróquias face ao aumento da necessidade no fornecimento de alimentação. Por outro lado, sendo o combate à fome a primeira prioridade, para quem ficou sem meios de subsistência, também o apoio à capacidade mínima das famílias, para suportarem os custos de habitação, constitui uma necessidade premente.

Importa também referir que, sobretudo na primeira fase, havia muitas dificuldades no acesso ao equipamento de proteção individual (EPI) – elemento fundamental para que os voluntários pudessem exercer o apoio à população necessitada, em condições de segurança para os próprios e para os destinatários da sua ação. Por essa razão, a CDL decidiu criar um programa de apoio ao fornecimento de EPI.

Outro aspeto que o confinamento veio pôr em evidência foi o da desigualdade de meios entre estudantes. Com o encerramento das escolas e a sua substituição pelo ensino através de meios telemáticos, verificou-se que muitos estudantes, por não disporem de computadores e do acesso à internet em suas casas, estavam privados do acesso à escola. Para fazer face a este problema, a CDL criou um programa para, através das paróquias, distribuir computadores que, pelo menos em parte, mitigassem este problema – programa que irá subsistir, mesmo quando o ensino voltar a ser presencial. Porque a educação é fundamental na erradicação da pobreza estrutural, esta será uma ação que terá de permanecer e de ser concretizada em conjunto com as paróquias.

Numa situação de emergência, como a que vivemos, temos de ser céleres e capazes, mas para que este desiderato seja atingido é fundamental a Caridade dos que atribuem os meios à CDL para o cumprimento da sua missão, e a dos voluntários que nas paróquias são sinal da Igreja, apoiando os que estão em situação de carência. Todos juntos podemos contribuir para reduzir o sofrimento das pessoas que a pandemia atirou para a pobreza.

Terminamos, com um sentido agradecimento aos Generosos Doadores, e sobretudo aos Cristãos Católicos, que nas suas paróquias levam à prática a Caridade.

A Direção CDL

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