NEWSLETTER CDL DO SEU VERÃO 2022
Estimados Amigos,
Estamos no início do verão. Quando muitos se preparam para gozar umas merecidas férias, retemperando forças para enfrentar os momentos bons e menos bons que a vida nos proporciona, importa olhar para o que de importante aconteceu no âmbito da Cáritas Diocesana de Lisboa (CDL), e perspetivar aquilo a que nos propomos dar especial atenção.
De tudo o que a nossa atividade comportou, gostaria de enfatizar a importância do retorno à normalidade nas relações humanas. Sendo certo que os meios telemáticos foram de grande importância, para continuarmos ativos no período em que a pandemia nos obrigava ao teletrabalho, nada substitui o contacto direto entre pessoas, sendo esse contacto, no nosso caso, ainda mais importante no que respeita o atendimento social e a interação com as comunidades paroquiais. Saúdo, pois, este retorno ao contacto pessoal.
Gostaria também de relevar a realização do Conselho Geral da Cáritas, ocorrido em Fátima, nos dias 2 e 3 de abril. Na senda de outros encontros, marcados por um excelente ambiente de amizade fraterna, esta reunião magna da Cáritas Portuguesa proporcionou uma troca de experiências e o melhoramento ou a criação, dentro do possível, de novos procedimentos comuns.
Realço também o Encontro Nacional das Cáritas Paroquiais e dos Grupos Paroquias de Ação Social, organizado pela Cáritas Portuguesa. O desenvolvimento da rede de Cáritas Paroquiais constitui um desiderato da CDL, e foi com prazer que vimos aderir a esta iniciativa, um número significativo de Cáritas Paroquiais do nosso Patriarcado. Esta é uma realidade ainda inexistente ou pouco desenvolvida nas dioceses portuguesas, mas estando nós convictos da valia desta abordagem, na dinamização da ação caritativa, é com entusiasmo que partilhamos as nossas experiências.
Relativamente à situação socioeconómica no Patriarcado, verificámos que, com o fim das restrições sanitárias, as pessoas retomaram lentamente a normalidade das suas vidas, procurando reequilibrar a sua capacidade financeira e consequente autonomia. Também nos demos conta que as paróquias recuperaram as suas receitas, conseguindo assim responder, com mais autonomia, às necessidades de apoio no seio da sua comunidade. A este propósito, não posso deixar de referir que a CDL fez um enorme esforço para apoiar as paróquias e as instituições de solidariedade social, nossas parceiras, para que, dentro do possível, não faltassem meios a quem no terreno tudo fez e faz para apoiar pessoas em dificuldade. Este esforço levou a que fosse empregue uma parte muito significativa das suas reservas. Não surpreende, pois, que nestes dois últimos anos, a CDL tivesse tido um défice anual superior a quinhentos mil euros, tendo este mesmo implicado uma diminuição das suas reservas, superior a um milhão de euros.
Ainda não recuperada das consequências económicas causadas pela pandemia, a sociedade portuguesa enfrenta novo desafio determinado por uma inflação, em grande parte causada por uma guerra na Europa, com um aumento do custo de vida, que em alguns bens essenciais excede os 20%. Receamos que muita gente não consiga fazer face, de forma autónoma, a também esta inesperada dificuldade. Antecipamos esta situação com preocupação, pois receamos não conseguir o mesmo nível de envolvimento financeiro, caso não haja, da parte dos nossos doadores, um incremento significativo de contributos. Por isso, apelamos a que todos se envolvam na sensibilização das comunidades para a necessidade de apoiar a CDL.
Por último, no âmbito da preparação da nossa juventude para a Jornada Mundial da Juventude 2023, é nossa vontade a criação de um movimento que facilite e dinamize o envolvimento dos jovens do Patriarcado na ação caritativa da Igreja. A pandemia atrasou a concretização deste objetivo, mas esperamos conseguir concretizá-lo agora, seguros, que estamos, da generosidade e entusiasmo dos nossos jovens.
Bom verão e boas férias.
Texto: Luís Macieira Fragoso, Presidente CDL; fotografia: CDL
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