Dia Mundial do Refugiado – 20 de junho
Em 2018, as pessoas deslocadas das suas casas ou dos seus países, devido às guerras ou perseguições, eram 70,8 milhões, um novo recorde, divulgado há dias, em Genebra, pelas Nações Unidas. O relatório anual “Tendências Globais” do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) observa que os níveis de deslocamento são hoje o dobro do que eram há 20 anos, confirmando uma tendência crescente no número de pessoas que precisam de proteção internacional. Este é sétimo ano consecutivo em que o número de deslocados aumentaram no mundo, uma tendência indo na direção errada.
Dois exemplos. Síria (8 anos de guerra): 13 milhões de deslocados à força. Venezuela (últimos anos): 4 milhões de pessoas deixaram o país, tendo viajado para o Peru, Colômbia e Brasil. Estados Unidos: Continuam a ter o maior número de pedidos de asilo em todo o mundo, com quase 719 000.
Os números do ACNUR são mesmo assim “conservadores”, e alertam, sobretudo, para o facto de estarmos numa situação muito perigosa, e de que a tensão nos países de acolhimento pode piorar. A retórica recente tem sido hostil a migrantes e refugiados, um pouco por todo o mundo.