CÁRITAS DIOCESANA DE CAICÓ VISITA CASA DO GAIATO DE LISBOA
Em Lisboa, depois de ter participado no encontro de casais de nossa Senhora, em Fátima, a Cáritas Diocesana de Caicó visitou a Casa do Gaiato, no concelho de Loures, acompanhada pela Cáritas Portuguesa e Cáritas de Lisboa.
No âmbito da Pastoral das Crianças da diocese, a Cáritas de Caicó desenvolve um enorme trabalho junto de crianças, adolescentes e jovens. Visita-os nas suas casas, e é em família, entre os seus pais e avós, que os valores e a motivação se trabalham. A escola é fundamental, e a Cáritas, nestes encontros, insiste muito na sua importância.
Esta é uma atividade feita por voluntários, também eles preparados pela própria Cáritas para o exercício desta missão.
Os jovens refletem em grupo sobretudo questões relativas à sua idade, como o namoro, e a sua participação cívica. A sua contínua conscientização sobre realidades e problemas é uma ação cheia de paixão e entusiasmo por parte de quem lidera e participa.
O padre Neto, Presidente da Cáritas de Caicó, presente nesta visita, deu-se logo conta que a realidade da Casa do Gaiato de Lisboa e o trabalho que a Cáritas desenvolve no Rio Grande do Norte são muito distintos. A institucionalização de menores no Brasil é também um facto, mas na cidade de Caicó, com cerca de 70 mil habitantes, a Cáritas aborda a infância e o seu desenvolvimento em família. E mesmo que alguma criança se encontrasse por ventura numa situação de rua, a preocupação da Cáritas seria sempre a de a levar para junto de algum familiar. Como dizia o Padre Neto, “há sempre alguém na vida de uma criança capaz de tomar conta dela”.
Mas não deixou de ser seriamente apreciado o trabalho feito pela Casa do Gaiato ao longo dos anos, sobretudo quando este se fez unicamente com as ajudas e donativos de generosas pessoas. Poderá soar a estranho, mas só mesmo este ano a Casa do Gaiato de Lisboa começou a ter a comparticipação do Instituto da Segurança Social.
Tendo também de se adaptar às necessidades e desafios de hoje, a Casa do Gaiato é hoje um espaço aberto ao mundo. Para além dos 18 jovens que cuida diariamente com tanto carinho, a Casa acolhe pessoas oriundas dos PALOP para tratamento médico, refugiados e está sempre na retaguarda, como família, de ex-gaiatos a precisar de apoio. Este o propósito do espaço Porta Aberta recentemente criado, e a precisar de voluntários.
Tudo isto faz parte do processo de refundação iniciado em 2014, e o potencial daquela Aldeia Social, do que ali se pode fazer por tantas pessoas a precisar de uma mão, ganha forma todos os dias. O lar residencial em construção é mais um dos rostos desta incrível Casa.
Texto e fotografia: CDL